sábado, 10 de maio de 2014

BAIXAR MATERIAS DE METROLOGIA

 Clique em DOWNLOAD logo abaixo e baixe slides de metrologia com os seguintes assuntos: Medidas e conversões, Régua Graduada, Paquímetro (métrico e inglês).
 Junto com o arquivo compactado, tem um simulador de paquímetro em flash. Com ele vc irá testar os resultados de sua aprendizagem.

BOA SORTE!!

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COMPONENTES ELÉTRICOS DE REFRIGERAÇÃO

PRINCIPAIS ACESSÓRIOS ELÉTRICOS
1.TERMOSTATOS
Os termostatos são interruptores que regulam, de forma automática, o funcionamento do refrigerador, com a finalidade de conservar a temperatura desejada no evaporador e na câmara. Indicam variações de temperatura e fecham ou abrem os contatos elétricos.
1.1. Classificação dos Termostatos
Os termostatos podem ser classificados de acordo com o elemento de medição de temperatura.
Termostato com bulbo sensor de temperatura;
Termostato bimetálico;
Termostato eletrônico.
1.1.1. Termostato com bulbo sensor de temperatura: o bulbo contém um gás ou um líquido que quando a temperatura no bulbo aumenta, há também aumento de pressão no fluido que é transmitido ao fole do termostato. O movimento do fole proporciona o fechamento ou abertura dos contatos através do mecanismo de alavanca.

1.1.2. Bimetálico: o tipo de termostato chamado bimetálico funciona com uma expansão ou contração de metais, devido às mudanças de temperatura. Esses termostatos são projetados para controlar o calor e o resfriamento nas unidades de ar-condicionado, câmaras frigoríficas, estufas para plantas, bobinas de ventilador, etc.
Como se vê na figura, dois metais, cada um tendo um coeficiente diferente de dilatação, são soldados juntos para formar uma lâmina bimetálica. Com uma lâmina presa em uma extremidade, forma-se um circuito e os dois pontos de contato são fechados pela passagem de uma corrente elétrica. Devido ao fato de que uma corrente elétrica produz calor em sua passagem pela lâmina bimetálica, os metais na lâmina começam a se dilatar, mas em proporções diferentes. Os metais são dispostos de modo que o que tem coeficiente de dilatação mais elevado seja colocado embaixo da unidade. Depois de um certo intervalo de tempo, a temperatura de operação é atingida, e os pontos de contato ficam separados, desligando desse modo a entrada de corrente. Depois de um curto período, a lâmina se torna suficientemente fria para provocar os pontos de contato a se ligarem, restabelecendo dessa maneira o circuito, e permitindo que a corrente ative novamente o circuito. O ciclo precedente se repete várias vezes e dessa maneira evita que a temperatura aumente muito ou caia muito.
1.1.3. Termostato eletrônico: basicamente, qualquer que seja o modelo do termostato eletrônico, a temperatura interna do ambiente refrigerado é medida por um sensor elétrico (NTC ou PTC), que envia o sinal para um circuito eletrônico. Esse circuito, por sua vez, liga ou desliga o compressor.
1.1.3.1. Vantagens do Termostato eletrônico:
Proporciona um controle mais preciso da temperatura e garante um melhor processo de medição, resultando num grau melhor de conservação dos alimentos.
Permite funcionalidades adicionais como: resfriamento rápido e indicação visual da temperatura, sem grande acréscimo de custo.
1.2. Funcionamento defeituoso do termostato
O funcionamento defeituoso do termostato pode impedir a partida do motocompressor. Normalmente as causas podem ser:
O elemento térmico perdeu parcialmente ou totalmente a carga de gás ou líquido, permanecendo os contatos sempre abertos e impedindo o arranque do motocompressor, ou o funcionamento se dá de maneira descontínua;
Ruptura de qualquer componente do dispositivo, ou os contatos elétricos estão sujos ou queimados;
Contatos elétricos grudados por fusão (neste caso o funcionamento do motocompressor é contínuo).
É possível remediar qualquer dos defeitos supra-referidos, mas é aconselhável proceder à substituição completa do termostato. Em caso de dúvida, é suficiente fazer uma “ponte” com um pedacinho de fio, entre os dois terminais do termostato; se o motocompressor funcionar, é evidente que o termostato esteja defeituoso.
2.PRESSOSTATOS
Os pressostatos são interruptores elétricos comandados pela pressão. O ajuste da pressão se faz por meio de um parafuso. Em alguns modelos o diferencial de pressão (diferença entre pressão de desarme e rearme) é regulável. O rearme pode ser automático ou manual. Os pressostatos com rearme manual são mais usados quando o dispositivo tem a função de proteção. É de grande importância checar o motivo de seu desarme, assegurando que o sistema só seja religado quando estiver pronto para operar dentro dos limites de pressão adequados. Nos casos em que o pressostato atua no controle, o rearme automático é a melhor opção.
2.1. Classificação dos Pressostatos
2.1.1. Pressostatos de baixa pressão: desligam, quando a pressão de sucção se torna menor do que um determinado valor;
2.1.2. Pressostatos de alta pressão: desligam, quando a pressão de descarga se torna maior do que um determinado valor;
2.1.3. Pressostatos de alta e baixa: reúnem os dois tipos anteriores num único aparelho;
2.1.4. Pressostatos diferenciais: destinados ao controle da pressão do óleo de lubrificação dos compressores, que desligam quando a diferença entre a pressão da bomba e o cárter do compressor é insuficiente para uma lubrificação adequada.
3.RELÉ DE PARTIDA
O relé de partida é o dispositivo elétrico que comanda a operação liga/desliga do enrolamento de partida, que permite que este seja ligado para auxiliar a partida do motor e desligando-o pouco antes do motor atingir a sua rotação nominal ou velocidade normal. A ação conjunta do relé de partida e do protetor térmico assegura um controle preciso do tempo de funcionamento do enrolamento auxiliar, evitando o superaquecimento do bobinado e protegendo o equipamento contra danos mais sérios.
No momento da partida, quando o controle de temperatura fecha o circuito elétrico, um impulso de corrente elétrica passa através do enrolamento principal do motor e através da bobina do relê. Essa energiza o relê de partida fechando os contatos do enrolamento de partida. A corrente através do enrolamento de partida introduz um segundo campo magnético defasado no estator e arranca o motor. Quando a velocidade do motor aumenta, a corrente do enrolamento de andamento é reduzida. A uma condição predeterminada, a corrente do enrolamento de marcha cai a um valor abaixo do necessário para manter a armadura do relê de partida. A armadura cai e abre os contatos do enrolamento de partida e retira-o do circuito. A seguir, o motor continua a funcionar pelo enrolamento de marcha, como um motor de indução.
3.1. Tipos de relés de partida
Relé de corrente magnética;
Relé térmico;
Relé voltimétrico;
Relé PTC.
3.1.1. Relé de corrente magnética
É o tipo mais usado nos atuais equipamentos de refrigeração, também conhecido por relé de corrente. O relé magnético apresenta uma bobina ligada em série com o enrolamento principal ou de marcha e uma armadura com platinado de ambos os lados, aos quais por sua vez, estão montados com pesos e molas.
Funcionamento do relé de corrente magnética: Quando o equipamento é ligado de alguma forma ou pelo acionamento do termostato ou quando é ligado a rede de distribuição de eletricidade, faz com que um fluxo de corrente passe pela bobina do relé e pela bobina de marcha. Esta corrente que passa inicialmente pode atingir valores dez vezes maiores que a corrente de funcionamento. O enrolamento principal é responsável pelo valor da corrente inicial que, ao passar pela bobina do relé, cria um campo magnético muito forte capaz de fechar o platinado (contatos do relé), este fenômeno ocorre porque o campo magnético criado pela bobina é diretamente proporcional à corrente elétrica que passa por ela. A bobina do relé atua como um eletroímã, fechando os platinados e permitindo que o fluxo de corrente também se dirija para os enrolamentos de partida do motocompressor. Quando o motor atinge de 70 a 80% de sua rotação nominal, a intensidade da corrente diminui e com isso também diminui o fluxo do campo magnético no relé, por esta razão, as armaduras com platinados descem, retomando a sua posição inicial e desligando a bobina auxiliar. O motor, enquanto estiver energizado, segue trabalhando com o enrolamento de marcha, que é a bobina principal.
3.1.2. Relé Térmico
Este tipo de relé contém um dispositivo bimetálico de sobrecarga. Ao ser ligado, o termostato permite a passagem da corrente elétrica para os platinados do relé térmico. Como estes estão fechados, a corrente passa para os enrolamentos auxiliar e de marcha, dando a partida do motor. A corrente de partida do compressor aquece o fio térmico e provoca a sua dilatação, permitindo que a lâmina do balancim se curve o suficiente para possibilitar a abertura dos platinados, com isso, o fluxo da corrente para o enrolamento auxiliar é interrompido, e continua somente através do enrolamento de marcha. O relé térmico é cuidadosamente projetado para permitir que o enrolamento auxiliar deixe de trabalhar quando o motor atingir cerca de 80% da sua velocidade nominal. Enquanto o motor estiver operando, em condições normais, o fluxo da corrente mantém as platinados de partida abertos e os de marcha fechados. O relé térmico apresenta internamente uma proteção de sobrecarga, que é constituída pelo próprio fio térmico, que atua quando a corrente elétrica ultrapassa os limites estabelecidos pelo fabricante.

3.1.3. Relé Voltimétrico
Também é conhecido por relé de potencial, relé de tensão magnética ou relé de tensão. Os relés voltimétricos estão ligados em paralelo com a rede elétrica e, por essa razão, trabalham com a tensão que lhes fornece.
Os relés voltimétricos somente funcionam com capacitores de partida e de fase, pois são utilizados em compressores que necessitam de alto torque de partida e cuja referência comercial que consta nos catálogos dos fabricantes diz acima de 3/4 de HP.
Em relação aos demais tipos de relés, o relé voltimétrico apresenta platinados já fechados na partida do compressor, o que é uma vantagem, pois evita a formação de centelha elétrica, no caso de alta corrente elétrica. O relé voltimétrico está ligado em paralelo com o borne comum e o borne do auxiliar de partida do compressor.
Funcionamento do relé voltimétrico: Na partida, verifica-se uma queda de tensão, através do enrolamento de partida. Conforme o motor atinge a sua velocidade nominal de marcha, a tensão na bobina de partida aumenta, atingindo um nível acima do inicial, produzindo um forte campo magnético na bobina de relé. A armadura sobe, interrompendo o circuito para o enrolamento de partida e a bobina do relé se mantém magnetizada, enquanto o aparelho estiver energizado.

3.1.4. Relé PTC
O relé PTC, cujo nome é retirado das palavras Coeficiente de Temperatura Positiva. Em temperatura ambiente, o relé PTC apresenta baixa resistência ôhmica e, caso se estabeleça uma ligação no circuito, o PTC permite a passagem da corrente elétrica. Quando o compressor parte, a corrente da bobina auxiliar passa pelo PTC, aumentando a sua temperatura. Com isso, a resistência do PTC aumenta até atingir um valor tão elevado, que impede a passagem da corrente elétrica para a bobina auxiliar. Este fenômeno ocorre porque a corrente procura sempre percorrer os caminhos de menor resistência.
Diz-se que o PTC se encontra em funcionamento normal quando sofre um aquecimento devido a uma corrente elétrica que passou por ele na partida e, neste caso, o valor da resistência se eleva, impedindo a passagem de corrente elétrica para a bobina auxiliar e o motocompressor segue funcionado somente com a bobina de marcha energizada.
Os PTCs não geram distúrbios elétricos, são mais silenciosos que os relés magnéticos e ainda podem ser utilizados em conjunto com capacitores de funcionamento e, portanto, em compressores de alto rendimento. Mas a corrente necessária para manter o PTC aquecido durante o funcionamento aumenta o consumo do compressor.
5.CAPACITORES
O capacitor é um componente usado em quase topo tipo de dispositivo eletrônico. Ele permite armazenar cargas elétricas na forma de um campo eletrostático e mantê-la durante um certo período, mesmo que a alimentação elétrica seja cortada. Existem vários tipos de capacitores entre eles podemos citar: poliéster, cerâmico, eletrolítico, etc.

Internamente, um capacitor eletrolítico é composto por duas folhas de alumínio, separadas por uma camada de óxido de alumínio, enroladas e embebidas em um eletrólito líquido (composto predominantemente de ácido bórico, ou borato de sódio), que acaba evaporando em pequenas quantidades durante o uso. Como o capacitor é hermeticamente selado, isto com o tempo gera uma pressão interna que faz com que ele fique estufado. Esse é o sinal visível de que o capacitor está no final de sua vida útil. Em alguns casos, o eletrólito pode vazar, corroendo as trilhas e outros componentes próximos e assim causando uma falha prematura do equipamento.
Em circuitos elétricos de refrigeração, os capacitores são classificados em dois tipos principais de acordo com suas finalidades: de partida e de funcionamento.
5.1. Capacitores de partida: visam aumentar o torque de partida dos compressores, auxiliando-os nos momentos da partida. Os compressores com motores de baixo torque de partida (LST – Low Starting Torque) foram projetados para trabalhar sem o capacitor de partida. Mas em situações em que existem problemas com a rede de distribuição de energia elétrica (baixa tensão), a utilização do capacitor é necessária. Em situações em que os sistemas de refrigeração podem partir com as pressões desequalizadas, o capacitor de partida também é recomendado. É muito comum sua utilização em sistemas comerciais. Nos motores de alto torque de partida (HST - High Starting Torque) a utilização do capacitor de partida é obrigatória. Esses compressores podem trabalhar em sistemas de refrigeração em que é utilizada válvula de expansão. Nessa aplicação as pressões de alta e baixa nunca se equalizam, o que requer um esforço extra do compressor, no momento da partida.
5.2. Capacitores de funcionamento: são normalmente encontrados em motores com alta eficiência energética, com partida a PTC. Basicamente, esse tipo de capacitor permite a passagem de corrente pela bobina auxiliar do compressor após a sua partida, fazendo com que o enrolamento auxiliar também contribua para o funcionamento do motor. Os motores que utilizam o capacitor de funcionamento já foram previamente projetados para isto. Isso porque, com a aplicação do capacitor de funcionamento, existirá a passagem de energia pelo enrolamento de partida e esse enrolamento obrigatoriamente deve ser projetado para suportar esse tipo de trabalho. A aplicação equivocada de um capacitor de funcionamento poderá provocar a queima da bobina auxiliar e, consequentemente, a queima do compressor.
5.3. Capacitor de partida defeituoso: um capacitor de partida defeituoso impede o funcionamento do circuito de arranque. Se for interrompido, estando o motor parado, os enrolamentos do motor são atravessados por uma forte passagem de corrente; se for um curto-circuito, pode fazer funcionar ou não o compressor, porém a corrente nos enrolamentos é sempre excessiva. As causas podem ser:
Corrosão interna por ter sido usado um capacitor de qualidade deficiente;
Voltagem superior à capacidade do capacitor;
Curto-circuito em um dos enrolamentos do motor;
Funcionamento defeituoso do relé;
Paradas e partidas freqüentes do compressor;
Aquecimento devido à colocação não correta do capacitor.



OBS: para obter as atividades totalmente organizadas, baixe a versão em PDF. Está disponível no fim desta postagem, ou acesse o LINK DAS APOSTILAS.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Rebites - Parte 2

Processos de rebitagem
A segunda cabeça do rebite pode ser feita por meio de dois processos:
manual e mecânico.
Processo manual
Esse tipo de processo é feito à mão, com pancadas de martelo. Antes de iniciar o processo, é preciso comprimir as duas superfícies metálicas a serem unidas, com o auxílio de duas ferramentas: o contra-estampo, que fica sob as chapas, e o repuxador, que é uma peça de aço com furo interno, no qual é introduzida a ponta saliente do rebite.
 Após as chapas serem prensadas, o rebite é martelado até encorpar, isto é, dilatar e preencher totalmente o furo. Depois, com o martelo de bola, o rebite é “boleado”, ou seja, é martelado até começar a se arredondar. A ilustração mostra o “boleamento”.
  Em seguida, o formato da segunda cabeça é feito por meio de outra ferramenta chamada estampo, em cuja ponta existe uma cavidade que será usada como matriz para a cabeça redonda.
Processo mecânico
O processo mecânico é feito por meio de martelo pneumático ou de rebitadeiras pneumáticas e hidráulicas. O martelo pneumático é ligado a um compressor de ar por tubos flexíveis e trabalha sob uma pressão entre 5 Pa 7 Pa, controlada pela alavanca do cabo. O martelo funciona por meio de um pistão ou êmbolo que impulsiona a ferramenta existente na sua extremidade . Essa ferramenta é o estampo, que dá a forma à cabeça do rebite e pode ser trocado, dependendo da necessidade. Abaixo ilustramos, em corte, um tipo de martelo pneumático para rebitagem. A rebitadeira pneumática ou hidráulica funciona por meio de pressão contínua. Essa máquina tem a forma de um C e é constituída de duas garras, uma fixa e outra móvel com estampos nas extremidades
 Se compararmos o sistema manual com o mecânico, veremos que o sistema manual é utilizado para rebitar em locais de difícil acesso ou peças pequenas. A rebitagem por processo mecânico apresenta vantagens, principalmente quando é usada a rebitadeira pneumática ou hidráulica. Essa máquina é silenciosa, trabalha com rapidez e permite rebitamento mais resistente, pois o rebite preenche totalmente o furo, sem deixar espaço. Entretanto, as rebitadeiras são máquinas grandes e fixas e não trabalham em qualquer posição. Nos casos em que é necessário o deslocamento da pessoa e da máquina, é preferível o uso do martelo pneumático..



Rebitagem a quente e a frio
Tanto a rebitagem manual como a mecânica podem ser feitas a quente ou a frio. Na rebitagem a quente o rebite é aquecido por meio de fornos a gás , elétricos ou maçarico até atingir a cor vermelho-brilhante. Depois o rebite é martelado à mão ou à máquina até adquirir o formato. Os fornos possibilitam um controle perfeito da temperatura necessária para aquecer o rebite. Já o maçarico apresenta a vantagem de permitir o deslocamento da fonte de calor para qualquer lugar. A rebitagem a quente é indicada para rebites com diâmetro superior a 6,35 mm, sendo aplicada, especialmente, em rebites de aço. A rebitagem a frio é feita por martelamento simples, sem utilizar qualquer fonte de calor. É indicada para rebites com diâmetro de até 6,3 mm, se o trabalho for à mão, e de 10 mm, se for à máquina. Usa-se na rebitagem a frio rebites de aço, alumínio etc.

Ferramentas para rebitagem 
Estampo
 É uma ferramenta usada para dar forma a uma peça. O estampo utilizado na rebitagem manual é feito de aço temperado e apresenta três partes: cabeça, corpo e ponta. Na ponta existe um rebaixo, utilizado para dar formato final à segunda cabeça do rebite.

Contra-estampo 
O contra-estampo é na verdade um estampo colocado em posição oposta à do estampo. Também é de aço temperado e apresenta um rebaixo semi-esférico no qual é introduzida a cabeça do rebite.
O rebaixo semi-esférico pode apresentar vários diâmetros a fim de alojar cabeças de rebites de diversas dimensões. Abaixo mostramos um modelo de contra-estampo. 
Repuxador 
O repuxador comprime as chapas a serem rebitadas. É feito de aço temperado e apresenta três partes: cabeça, corpo e face. Na face existe um furo que aloja a extremidade livre do rebite.


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domingo, 13 de abril de 2014

Rebites - Parte 1

Os rebites de repuxo podem ser fabricados com os seguintes materiais
metálicos: aço-carbono; aço inoxidável; alumínio; cobre; monel (liga de níquel e
cobre).Rebites I

 Os rebites são peças fabricadas em aço, alumínio, cobre ou latão. Unem rigidamente peças ou chapas, principalmente, em estruturas metálicas, de reservatórios, caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos de transporte e treliças. A fixação das pontas da lona de fricção do disco de embreagem de automóvel
é feita por rebites.
 Tipos de rebite e suas proporções
O quadro a seguir mostra a classificação dos rebites em função do formato
da cabeça e de seu emprego em geral.
A fabricação de rebites é padronizada, ou seja, segue normas técnicas que indicam medidas da cabeça, do corpo e do comprimento útil dos rebites. No quadro a seguir apresentamos as proporções padronizadas paraos rebites. Os valores que aparecem nas ilustrações são constantes, ou seja, nunca mudam.

 O que significa 2 x d para um rebite de cabeça redonda larga, por exemplo? Significa que o diâmetro da cabeça desse rebite é duas vezes o diâmetro do seu corpo. Se o rebite tiver um corpo com diâmetro de 5 mm, o diâmetro de sua cabeça será igual a 10 mm, pois 2 ´ 5 mm = 10 mm. Essa forma de cálculo é a mesma para os demais rebites. O quadro apresenta alguns tipos de rebite, segundo a forma de suas cabeças. Mas é grande a variedade dos tipos de rebite. Um mecânico precisa conhecer o maior número possível para saber escolher o mais adequado a cada trabalho a ser feito. Vamos ver outros exemplos.
Em estruturas metálicas, você vai usar rebites de aço de cabeça redonda:




· Diâmetros padronizados: de 10 até 36 mm (d).
· Comprimentos úteis padronizados: de 10 até 150 mm (L).

Em serviços de funilaria você vai empregar, principalmente, rebites com cabeça redonda ou com cabeça escareada. Veja as figuras que representam esses dois tipos de rebites e suas dimensões:
Existem também rebites com nomes especiais: de tubo, de alojamento explosivo etc.
O rebite explosivo contém uma pequena cavidade cheia de carga explosiva. Ao se aplicar um dispositivo elétrico na cavidade, ocorre a explosão.


Além desses rebites, destaca-se, pela sua importância, o rebite de repuxo, conhecido por “rebite pop”. É um elemento especial de união, empregado para fixar peças com rapidez, economia e simplicidade. Os rebites de repuxo podem ser fabricados com os seguintes materiais metálicos: aço-carbono; aço inoxidável; alumínio; cobre; monel (liga de níquel e cobre).

Especificação de rebites

 Vamos supor que você precise unir peças para fazer uma montagem com barras de metal ou outro tipo de peça. Se essa união for do tipo de fixação permanente, você vai usar rebites. Para adquirir os rebites adequados ao seu trabalho, é necessário que você conheça suas especificações, ou seja:
· de que material é feito;
· o tipo de sua cabeça;
· o diâmetro do seu corpo;
· o seu comprimento útil.
 
 O comprimento útil do rebite corresponde à parte do corpo que vai formar a união. A parte que vai ficar fora da união é chamada sobra necessária e vai ser usada para formar a outra cabeça do rebite. No caso de rebite com cabeça escareada, a altura da cabeça do rebite também faz parte do seu comprimento útil. O símbolo usado para indicar comprimento útil é L e o símbolo para indicar a sobra necessária é z.
Na especificação do rebite é importante você saber qual será o seu comprimento útil (L) e a sobra necessária (z). Nesse caso, é preciso levar em conta:
· o diâmetro do rebite;
· o tipo de cabeça a ser formado;
· o modo como vai ser fixado o rebite: a frio ou a quente.

As figuras mostram o excesso de material (z) necessário para se formar a segunda cabeça do rebite em função dos formatos da cabeça, do comprimento útil (L) e do diâmetro do rebite (d).


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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Rolamentos - Parte 2

ROLAMENTOS II
Para evitar paradas longas na produção, devido a problemas de rolamentos, é necessário ter certeza de que alguns desses

rolamentos estejam disponíveis para troca. Para isso, é aconselhável conhecer

com antecedência que rolamentos são utilizados nas máquinas e as ferramentas

especiais para sua montagem e desmontagem.

Os rolamentos são cobertos por um protetor contra oxidação, antes de

embalados. De preferência, devem ser guardados em local onde a temperatura

ambiente seja constante (21ºC). Rolamentos com placa de proteção não deverão

ser guardados por mais de 2 anos. Confira se os rolamentos estão em sua

embalagem original, limpos, protegidos com óleo ou graxa e com papel

parafinado.

O que verificar durante o funcionamento
Nos rolamentos montados em máquinas deve-se verificar, regularmente, se sua parada pode causar problemas. Os rolamentos que não apresentam aplicações muito críticas, ou que não são muito solicitados, não precisam de atenção especial.
Na rotina de verificação são usados os seguintes procedimentos: ouvir, sentir, observar.

Para ouvir o funcionamento do rolamento usa-se um bastão de madeira, uma chave de fenda ou objetos similares o mais próximo possível do rolamento. Coloca-se o ouvido junto à outra extremidade do objeto. Se o ruído for suave é porque o rolamento está em bom estado. Se o ruído for uniforme mas apresentar um som metálico, é necessário lubrificar o rolamento. Atualmente, existe o analisador de vibração que permite identificar a folga e a intensidade da vibração do rolamento.
Com a mão, verifica-se a temperatura. Se ela estiver mais alta que o normal, algo está errado: falta ou excesso de lubrificação, sujeira, sobrecarga, fadiga, folga, pressão ou calor nos retentores, vindos de uma fonte externa. Mas é preciso lembrar que logo após a lubrificação é normal ocorrer um aumento da tempera- tura, que pode durar de um a dois dias.
Atualmente, existe um termômetro industrial para medir temperatura. Pela observação, pode-se verificar se há vazamento de lubrificante através
dos vedadores ou de bujões. Geralmente, sujeiras mudam a cor do lubrificante, tornando-o mais escuro. Nesse caso, é preciso trocar os vedadores e o óleo. Quando o sistema de lubrificação for automático deve-se verificar, regularmen- te, seu funcionamento.
Lubrificantes
Com graxa
A lubrificação deve seguir as especificações do fabricante da máquina ou equipamento. Na troca de graxa, é preciso limpar a engraxadeira antes de colocar graxa nova. As tampas devem ser retiradas para limpeza. Se as caixas dos rola- mentos tiverem engraxadeiras, deve-se retirar toda a graxa e lavar todos os componentes.
Com óleo
Olhar o nível do óleo e completá-lo quando for necessário. Verificar se o respiro está limpo. Sempre que for trocar o óleo, o óleo velho deve ser completamente drenado e todo o conjunto lavado com o óleo novo. Na lubrificação em banho, geralmente se faz a troca a cada ano quando a temperatura atinge, no máximo, 50ºC e sem contaminação; acima de 100ºC, quatro vezes ao ano; acima de 120ºC, uma vez por mês; acima de 130ºC, uma vez por semana, ou a critério do fabricante.
Manutenção na máquina parada
Comece a operação de inspeção, deixando a área de trabalho o mais limpa e seca possível. Estude o desenho da máquina antes de trocar o rolamento.
Limpe as partes externas e anote a seqüência de retirada dos componentes e as posições da máquina. Tenha cuidado ao remover os vedadores, para não forçá-los muito. Verifique todos os componentes do conjunto.
Verifique o lubrificante. Observe se existem impurezas.
Assegure-se de que não haverá penetração de sujeira e umidade, depois da retirada dos vedadores e das tampas. Proteja o conjunto com papel parafinado, plástico ou algum material similar. Evite o uso de estopa.
Quando for possível, lave o rolamento mon- tado no conjunto, evitando desmontá-lo. Use um pincel molhado com querosene e seque com um pano bem limpo, seco e sem fiapos. Não lave rolamentos blindados com duas placas de proteção.
Se os rola- mentos estão em perfeitas condições de
uso, deve-se relubrificar de acordo com as especificações do fabricante da máquina. Monte cuidadosamente os vedadores e as tampas.
Representações de rolamentos nos desenhos técnicos
Os rolamentos podem ser apresentados de duas maneiras nos desenhos técnicos: simplificada e simbólica.
Observe, com atenção, cada tipo de representação.

TIPOS DE ROLAMENTO







Rolamento fixo com uma carreira de esferas.



Rolamento de rolo com uma carreira de rolos.



Rolamento de contato angular com uma



carreira de esferas.



Rolamento autocompensador de esferas.



Rolamento autocompensador de rolos



Rolamento de rolos cônicos.



Rolamento axial simples.


Observe novamente as representações simbólicas dos rolamentos e repare que a mesma representação simbólica pode ser indicativa de tipos diferentes de rolamentos.
Quando for necessário, a vista frontal do rolamento também pode ser desenhada em representação simplificada ou simbólica.

vista frontal – representação simplificada
vista frontal – representação simbólica
Resolva o próximo exercício para ver se o assunto ficou claro. Consulte o quadro que mostra as representações de rolamento, se necessário.
Verificando o entendimento
Escreva nas linhas indicadas os nomes dos tipos de rolamentos representados.
a)
b)
........................................
..............................................
c)
d)
........................................ ..............................................
As respostas corretas são:
a)Rolamento autocompensador de esferas ou de rolos.
b)Rolamento com uma carreira de esferas ou de rolos.
c)Rolamento de rolos cônicos.
d)Rolamento axial simples.
Repare que nas alternativas a e b foram utilizadas representações simbólicas. Nas alternativas c e d foram utilizadas representações simplificadas.
Em geral, as representações simplificadas não são hachuradas. Quando as vistas representadas em corte são hachuradas, os elementos rolantes são repre- sentados com omissão de corte.
Resolva o próximo exercício
A U L A
19
Exercícios
Verificando o entendimento
No desenho abaixo está representado um rolamento. Analise o desenho e assinale com um X as alternativas corretas.
a)O tipo de rolamento representado é: ( ) fixo, com carreira de esferas;
( ) autocompensador de esferas.
b)O rolamento aparece em:
( ) representação simplificada; ( ) representação simbólica.
c)O rolamento está representado: ( ) em corte;
( ) sem corte.
Verifique se você assinalou as respostas corretamente:
a)autocompensador de esferas
b)representação simplificada
c)em corte
Caso você ainda tenha dúvidas sobre as formas de representação dos rolamentos, volte a analisar com atenção os quadros.
Teste sua aprendizagem, faça os exercícios a seguir.
Assinale com um X a resposta correta.
Exercício 1
Antes de serem embalados, os rolamentos são cobertos com um protetor para evitar:
a)( ) umidade;
b)( ) rachadura;
c)( ) quebra;
d)( ) oxidação.
Exercício 2
A temperatura ideal para armazenar rolamentos é de:
a)( ) 20ºC;
b)( ) 18ºC;
c)( ) 21ºC;
d)( ) 22ºC.
Exercício 3
Para identificar folga e intensidade de vibrações do rolamento, pode-se usar:
a)( ) manômetro;
b)( ) analisador de vibração;
c)( ) paquímetro;
d)( ) analisador de retenção.
Exercício 4
Mede-se a temperatura de rolamentos com:
a)( ) analisador de vibração;
b)( ) termômetro industrial;
c)( ) cronômetro industrial;
d)( ) potenciômetro.
Exercício 5
A lubrificação de rolamentos pode ser feita com:

a)( ) álcool e graxa;
b)( ) óleo e água;
c)( ) graxa e óleo;
d)( ) água e graxa.
Exercício 6
Assinale com um X as alternativas que mostram rolamentos em repre- sentação simbólica.
a) (
)
b) (
)
c) (
)
d) (
)
Exercício 7
Escreva nas linhas indicadas os nomes dos tipos de rolamento repre- sentados.
a) ..................................
b) ...............................
c) ..............................
Exercício 8
Assinale com um X a representação simbólica que corresponde ao rola- mento em representação simplificada.
a) ( )
b) ( )
c) ( )
OBS: para obter as atividades totalmente organizadas, baixe a versão em PDF. Está disponível no início desta postagem, ou acesse o LINK DAS APOSTILAS.

Rolamentos - Parte 1

Rolamentos I
 Os rolamentos podem ser de diversos tipos: fixo de uma carreira de esferas, de contato angular de uma carreira de esferas, autocompensador de esferas, de rolo cilíndrico, autocompensador de uma carreira de rolos, autocompensador de duas carreiras de rolos, de rolos cônicos, axial de esfera, axial autocompensador de rolos, de agulha e com proteção.
Rolamento fixo de uma carreira de esferas
É o mais comum dos rolamentos. Suporta cargas radiais e pequenas cargas axiais e é apropriado para rotações mais elevadas.
Sua capacidade de ajustagem angular é limitada. É necessário um perfeito alinhamento entre o eixo e os furos da caixa.
Rolamento de contato angular de uma carreira de esferas
Tipos e finalidades
Admite cargas axiais somente em um sentido e deve sempre ser montado contra outro rolamento que possa receber a carga axial no sentido contrário.
Rolamento autocompensador de esferas

É um rolamento de duas carreiras de esferas com pista esférica no anel externo, o que lhe confere a propriedade de ajustagem angular, ou seja, de compensar possíveis desalinhamentos ou flexões do eixo.
Rolamento de rolo cilíndrico
É apropriado para cargas radiais elevadas. Seus componentes são separá- veis, o que facilita a montagem e desmontagem.
Rolamento autocompensador de uma carreira de rolos

Seu emprego é particularmente indicado para construções em que se exi- ge uma grande capacidade para suportar carga radial e a compensação de falhas de alinhamento.
Rolamento autocompensador de duas carreiras de rolos
É um rolamento adequado aos mais pesados serviços. Os rolos são de grande diâmetro e comprimento.
Devido ao alto grau de oscilação entre rolos e pistas, existe uma distribuição uniforme da carga.
Rolamento de rolos cônicos
Além de cargas radiais, os rolamentos de rolos cônicos também suportam cargas axiais em um sentido.
Os anéis são separáveis. O anel interno e o externo podem ser montados separadamente. Como só admitem cargas axiais em um sentido, torna-se neces- sário montar os anéis aos pares, um contra o outro.
Rolamento axial de esfera
Ambos os tipos de rolamento axial de esfera (escora simples e escora dupla) admitem elevadas cargas axiais, porém, não podem ser submetidos a cargas radiais. Para que as esferas sejam guiadas firmemente em suas pistas, é necessá- ria a atuação permanente de uma carga axial mínima.






Rolamento axial autocompensador de rolos
Possui grande capacidade de carga axial devido à disposição inclinada dos rolos. Também pode suportar consideráveis cargas radiais.
A pista esférica do anel da caixa confere ao rolamento a propriedade de alinhamento angular, compensando possíveis desalinhamentos ou flexões do eixo.
Rolamento de agulha
Possui uma seção transversal muito fina em comparação com os rolamentos de rolos comuns.
É utilizado especialmente quando o espaço radial é limitado.
 Rolamentos com proteção
São assim chamados os rolamentos que, em função das características de trabalho, precisam ser protegidos ou vedados.
A vedação é feita por blindagem (placa). Existem vários tipos. Os principais tipos de placas são:
As designações Z e RS são colocadas à direita do número que identifica os rolamentos. Quando acompanhados do número 2 indicam proteção de ambos os lados.
Cuidados com os rolamentos
Na troca de rolamentos, deve-se tomar muito cuidado, verificando sua procedência e seu código correto.
Antes da instalação é preciso verificar cuidadosamente os catálogos dos fabricantes e das máquinas, seguindo as especificações recomendadas.
Na montagem, entre outros, devem ser tomados os seguintes cuidados:
·verificar se as dimensões do eixo e cubo estão corretas;
·usar o lubrificante recomendado pelo fabricante;
·remover rebarbas;
·no caso de reaproveitamento do rolamento, deve-se lavá-lo e lubrificá-lo imediatamente para evitar oxidação;
·não usar estopa nas operações de limpeza;
·trabalhar em ambiente livre de pó e umidade.

Defeitos comuns dos rolamentos
Os defeitos comuns ocorrem por:
·desgaste;
·fadiga;
·falhas mecânicas.
Desgaste
O desgaste pode ser causado por:
·deficiência de lubrificação;
·presença de partículas abrasivas;
·oxidação (ferrugem);
·desgaste por patinação (girar em falso);
·desgaste por brinelamento.
fase
fase avançada
fase
Fadiga
A origem da fadiga está no deslocamento da peça, ao girar em falso. A peça se descasca, principalmente nos casos de carga excessiva.
Descascamento parcial revela fadiga por desalinhamento, ovalização ou por conificação do alojamento.
Falhas mecânicas
O brinelamento é caracterizado por depressões correspondentes aos roletes ou esferas nas pistas do rolamento.
Resulta de aplicação da pré-carga, sem girar o rolamento, ou da prensagem do rolamento com excesso de interferência.
Goivagem é defeito semelhante ao anterior, mas provocado por partículas estranhas que ficam prensadas pelo rolete ou esfera nas pistas.
Sulcamento é provocado pela batida de uma ferramenta qualquer sobre a pista rolante.
Queima por corrente elétrica é geralmente provocada pela passagem da corrente elétrica durante a soldagem. As pequenas áreas queimadas evoluem rapi- damente com o uso do rolamento e provocam o desloca- mento da pista rolante.
As rachaduras e fraturas resultam, geralmente, de aperto excessivo do anel ou cone sobre o eixo. Podem, também, aparecer como resultado do girar do anel sobre o eixo, acompanhado de sobrecarga.
O engripamento pode ocorrer devido a lubrificante muito espesso ou viscoso. Pode acontecer, também, por eliminação de folga nos roletes ou esferas por aperto excessivo.
Teste sua aprendizagem. Faça os exercícios a seguir.
Marque com um X a resposta correta.
Exercício 1
O rolamento mais comum para suportar pequenas e grandes cargas axiais com rotações elevadas é chamado:
a)( ) rolo axial de esfera e rolo cônico;
b)( ) elemento fixo de uma carreira de esferas;
c)( ) rolo cilíndrico e rolo cônico;
d)( ) autocompensador com duas carreiras de rolos.
Exercício 2
Para cargas axiais somente em um sentido, usa-se o seguinte rolamento:
a)( ) autocompensador com duas carreiras de rolos;
b)( ) autocompensador de esferas e de carreira de rolos;
c)( ) fico em carreira de esferas;
d)( ) de contato angular de uma carreira de esferas.
Exercício 3
Para compensar possíveis desalinhamentos ou flexões do eixo, deve-se usar o seguinte rolamento:
a)( ) rolo cilíndrico ou cônico;
b)( ) autocompensador de esferas;
c)( ) autocompensador com carreiras;
d)( ) autocompensador sem carreiras.
Exercício 4
Para serviços mais pesados, o rolamento adequado é:
a)( ) autocompensador com duas carreiras de rolos;
b)( ) autocompensador com esferas;
c)( ) autocompensador com uma carreira de rolos;
d)( ) autocompensador axial de esfera.
Exercício 5
Para cargas radiais e cargas axiais em um sentido é mais apropriado o seguinte rolamento:
a)( ) de rolos cilíndrico;
b)( ) de rolos cônicos;
c)( ) de rolos prismáticos;
d)( ) de rolos quadrangulares.
Exercício 6
Os rolamentos que precisam de vedação são chamados rolamentos:
a)( ) com fechamento;
b)( ) com abertura;
c)( ) com fixação;
d)( ) com proteção.
Exercício 7
Na montagem de rolamentos deve-se levar em conta:
a)( ) lubrificante, dimensões do eixo e cubo, superfícies;
b)( ) dimensões do eixo e cubo, lubrificante, superfícies;
c)( ) dimensões do eixo e cubo, lubrificante, ambiente sem pó e umidade;
d)( ) ambiente sem pó e umidade, lubrificante, superfícies.
Exercício 8
Os defeitos mais comuns dos rolamentos são:
a)( ) falha mecânica, fadiga, folga excessiva;
b)( ) desgaste, fadiga, falha mecânica;
c)( ) falha mecânica, pouca espessura, fadiga;
d)( ) fadiga, ferrugem, falha mecânica.
Exercício 9
No caso de partículas estranhas que ficam prensadas nas pistas pelo rolete ou esfera, tem-se um tipo de falha mecânica denominado:
a)( ) goivagem;
b)( ) descascamento;
c)( ) fadiga;
d)( ) engripamento.
Exercício 10
Lubrificante muito espesso ou viscoso e eliminação de folga devido a aperto excessivo ocasionam a seguinte falha:
a)( ) fratura;
b)( ) sulcamento;
c)( ) goivagem;
d)( ) engripamento.

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ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Sistema de tolerâncias e ajustes mecânica

Introdução

A premissa fundamental da intercambiabilidade é a escolha de um processo
tecnológico que assegure a fabricação das peças com igual precisão. Por precisão no
tratamento entende-se o grau da correspondência entre as dimensões reais da peça e
as indicadas no desenho. Nas construções mecânicas é impossível se conseguir
precisão absoluta nas dimensões das peças ao trabalha-las nas máquinasferramentas
devido a certas inexatidões das máquinas, dos dispositivos ou
instrumentos de medição. Como conseqüência destas circunstâncias, é impossível
obter dimensões absolutamente precisas que coincidam com as indicadas no desenho
ou as assim chamadas dimensões nominais. As peças são, portanto, confeccionadas
com dimensões que se afastam para mais ou para menos em relação à cota nominal,
isto é, apresentam uma certa inexatidão.
As dimensões reais de duas peças iguais, inclusive elaboradas com um mesmo
procedimento têm poucas possibilidades de serem exatamente iguais, variando dentro
de certos limites. Em vista disso, a conjugação requerida de duas peças se assegura
somente no caso em que as dimensões limites de tolerância das peças se tenham
estabelecido de antemão. Deste modo, as dimensões limites são aquelas dentro das
quais oscilam as reais. Uma delas se chama dimensão limite máxima e a outra
dimensão limite mínima. Portanto, peças intercambiáveis são aquelas fabricadas com
um grau de precisão previamente estabelecido em suas dimensões nominais, através
das dimensões limites.
O limite de inexatidão admissível na fabricação da peça é determinado por sua
tolerância, ou seja pela diferença entre as dimensões limites máxima e mínima. Por
exemplo, suponhamos que uma determinada dimensão nominal seja de 40,000 (mm);
a dimensão limite máxima seja 40,039 (mm) e a dimensão limite mínima seja 40,000
(mm); então a tolerância de inexatidão será igual a 0,039 (mm). Todas as peças cujas
dimensões não ultrapassarem as dimensões limites serão úteis, ao passo que as
demais serão defeituosas.
Entende-se por ajuste o modo de se conjugar duas peças introduzidas uma na
outra, isto é, o modo de assegurar a tal ou qual grau de peças são unidas firmemente,
ou a liberdade de seu deslocamento relativo.

Terminologia Básica
Eixo
O conceito de eixo para fins de tolerâncias e ajustes é um termo
convencionalmente aplicado a todo elemento, para descrever uma
característica externa de uma peça (incluindo também elementos não
cilíndricos), destinado a acoplar-se numa característica interna de uma outra
peça.
Furo
O conceito de furo para fins de tolerâncias e ajustes é um termo
convencionalmente aplicado para descrever uma característica interna de uma
peça (incluindo também elementos não cilíndricos), destinado a alojar uma
característica externa de outra peça.

Terminologia de Tolerância
Dimensão Nominal
A dimensão nominal é a dimensão indicada no desenho.
Dimensão Efetiva
A dimensão que se obtém medindo a parte em observação da peça, ou seja,
medindo um elemento é a dimensão efetiva.
Dimensões Limites
Através da operação instrumentada, encontramos uma dimensão efetiva.
.
Observando o valor encontrado, a peça está aprovada?
Para responder esta pergunta é necessário saber as dimensões extremas
permissíveis para o elemento em observação, isto é, os valores máximo e
mínimo admissíveis para a dimensão efetiva, estes são chamados, dimensões
limites.
Dimensão Máxima
O valor máximo admissível para a dimensão efetiva.
Simbologia: Dmax para furos e dmax para eixos
Dimensão Mínima
O valor mínimo admissível para a dimensão efetiva.
Simbologia: Dmin para furos e dmin para eixo
Afastamentos
Ë a diferença algébrica entre as dimensões limites e a dimensão nominal.
Como verificamos que as dimensões limites são expressas pelas dimensões
máxima e mínima, admissíveis para a dimensão efetiva. Se os afastamentos
são a diferença entre as dimensões limites e a dimensão nominal, então
teremos dois afastamentos: o superior e o inferior.
Afastamento superior
O afastamento superior é determinado pela diferença algébrica entre a
dimensão máxima e a correspondente dimensão nominal.
Simbologia: As para furos e as para eixos
Assim temos:
As = Dmax – D ou as = dmax – D
Afastamento inferior
O afastamento inferior é determinado pela diferença algébrica entre a
dimensão mínima e a correspondente dimensão nominal.
Simbologia: Ai para furos e ai para eixos
Assim temos:
Ai = Dmin – D ou ai = dmin – D
Tolerância
A tolerância é a variação permissível de um elemento, dada pela diferença
entre dimensão máxima e dimensão mínima ou entre o afastamento superior e
o afastamento inferior, indicada pelo símbolo t. Portanto,
t = Dmax – Dmin
t = d máx – dmin
t = As –Ai
t = as – ai
A tolerância é um valor absoluto, sem sinal.

Linha Zero
Em uma representação gráfica de tolerâncias e ajustes, a linha zero indica a
dimensão nominal e serve de origem aos afastamentos. Assim, todos os
afastamentos (superior e inferior) situados acima da linha zero serão positivos,
ao passo que os afastamentos situados abaixo da linha zero serão negativos.
Terminologia de Ajustes
Eixo base
Eixo base é aquele cujo afastamento superior é igual a zero, ou seja, é o eixo
cuja dimensão máxima é igual à dimensão nominal.
Furo base
Furo base é aquele cujo afastamento inferior é igual zero, ou seja, é o furo cuja
dimensão mínima é igual à dimensão nominal.
Afastamento de Referência
É o afastamento que define a posição do campo de tolerância em relação à
linha zero, podendo ser o superior ou o inferior, mas por convenção, è aquele
mais próximo da linha zero.
Folga
É a diferença positiva, em um acoplamento eixo – furo, entre as dimensões do
furo e do eixo, antes da montagem, quando o diâmetro do eixo é menor que o
di6ametro do furo. Indicada pelo símbolo F.
Folga Máxima
É a diferença, entre a dimensão máxima do furo e a dimensão mínima do eixo,
quando o eixo for menor que o furo. Indicada pelo símbolo Fmáx .
Fmáx = Dmáx - dmin
Folga Mínima
É a diferença, entre a dimensão mínima do furo e a dimensão máxima do eixo,
quando o eixo for menor que o furo. Indicada pelo símbolo Fmin .
Fmin = Dmin - dmax
Interferência
É a diferença, em uma acoplamento eixo – furo, entre as dimensões do eixo e
do furo, antes da montagem, quando o diâmetro do eixo é maior que o
diâmetro do furo. Indicada pelo símbolo I.
Interferência Máxima
É a diferença, entre a dimensão máxima do eixo e a dimensão mínima do furo,
quando o eixo for maior que o furo. Indicada pelo símbolo Imáx .
Imáx = dmax -Dmin
Interferência Mínima
É a diferença, entre a dimensão mínima do eixo e a dimensão máxima do furo,
quando o eixo for maior que o furo. Indicada pelo símbolo Imin .
Imin = dmin - Dmáx
Ajuste
Ajuste é o comportamento entre dois elementos (eixo e furo) a serem
acoplados, ambos com a mesma dimensão nominal, ou seja, é a relação
resultante da diferença, antes da montagem, entre as dimensões dos dois
elementos a serem montados.
O ajuste será caracterizado pela folga ou interferência apresentada no
acoplamento entre os elementos
Ajuste com folga
É aquele em que o afastamento superior do eixo é menor ou igual ao
afastamento inferior do furo. Neste ajuste sempre ocorrerá uma folga entre o
furo e o eixo quando montados, isto é, a dimensão máxima do eixo é sempre
menor ou em caso extremo igual à dimensão mínima do furo. Há de se notar
que por convenção, nos casos em que a folga mínima ou a interferência
máxima for zero, o ajuste é chamado ajuste com folga.
Neste ajuste, quando um eixo acoplar-se a um furo, será caracterizado por
apresentar uma folga máxima e uma folga mínima.
Ajuste com interferência
É aquele em que o afastamento superior do furo é menor ou igual ao
afastamento inferior do eixo. Neste ajuste ocorrerá uma interferência entre o
furo e o eixo quando montados, isto é, a dimensão máxima do furo é sempre
menor ou em caso extremo igual à dimensão mínima do eixo. Este ajuste se
caracteriza por apresentar Interferência máxima e mínima.
Ajuste incerto
É aquele no qual o afastamento superior do eixo é maior que o afastamento
inferior do furo e o afastamento superior do furo é maior que o afastamento
inferior do eixo. Neste ajuste pode ocorrer uma folga ou uma interferência entre
o furo e o eixo quando montados, dependendo das dimensões efetivas do furo
e do eixo, isto é, os campos de tolerância do furo e do eixo se sobrepõem
parcialmente ou totalmente. Este ajuste se caracteriza por apresentar uma
folga máxima e uma interferência máxima.

TABELA DE TOLERÂNCIA

OBS: para obter as atividades totalmente organizadas, baixe a versão em PDF. Está disponível no fim desta postagem, ou acesse o LINK DAS APOSTILAS.